
Assistindo ao filme sob o sol de toscana pela segunda ou terceira vez não me recordo bem, reacendeu em mim uma nova esperança nas palavras do autor através de sua história romântica e seus personagens muito bem representados.
Esta surpreendente história, nos passa em meio a uma belíssima paisagem, cenas de uma realidade que nos faz sentir bem semelhantes.
Frances, personagem da atriz Diane Lane, é uma escritora feliz até descobrir a traição do marido e se divorciar. Sua amiga, não podendo ir mais a excursão marcada para Toscana, oferece a ela suas passagens, e ela então resolve aceitar para se distrair um pouco. Mas, ao chegar lá, impactada com algumas coincidências, resolve comprar e reformar uma casa velha mudando radicalmente o rumo de sua vida.
Logo que chegou à cidade, observou uma mulher exótica que passeava pela feira como se estivesse indo para uma festa, mais tarde, esta veio ser naquele lugar uma querida amiga conselheira e incentivadora.
Esta que se chamava Katherina, aos poucos vai abrindo os olhos sofridos e desesperançosos de Frances ao relatar suas histórias de vida, relembrando algumas das sábias palavras que ouvia de alguém do passado dela.
Em meio a tantas pessoas desconhecidas, ela encontra no corretor, que vendeu e a ajudou a encontrar as pessoas certas para reformar a casa, um amigo especial e presente. Em um dia onde acabou tendo ataque de nervos depois de ver uma cobra entrando no seu quarto, em total desespero ela começa a pensar arrependida, no que estava fazendo ali naquela casa enorme, totalmente só. Pacientemente, este novo amigo conta a ela sobre os trilhos que foram construídos entre Suíça e Veneza antes mesmo de existir o trem que passaria por ali. E este fato trás ao seu coração nova fé e esperanças.
No desenrolar do filme, ela conhece Marcelo, um homem lindo e maravilhoso que parece cair do céu, mas que por variados desencontros, este romance não vai à frente e triste, ela retorna a casa de sua amiga conselheira Katherina. Neste encontro ela lembra de que quando era criança sempre ficava procurando joaninhas, até que um dia com o cansaço da procura adormeceu. Para sua surpresa e satisfação, quando despertou estava cheia de joaninhas pelo corpo. E Katherina aconselha sua amiga a viver deixando o passado para trás, curtindo as oportunidades que lhe apareceriam ao tempo e sem que ela percebesse, o que procurava viria ao eu encontro.
Neste momento do filme eu pensei, este rápido relacionamento com o lindo Marcelo em Roma, ao meu entender, foi como um oásis em meio ao deserto para que ela renovasse suas forças e prosseguisse para o que estava reservado a ela viver. E daí muitas coisas da minha vida relembrei, comparei e me enchi de pensamentos bons.
Para mim este filme foi encantador, cheio de poesias nas cenas e no enredo em meio a um cenário maravilhoso que é Toscana que tenho o sonho de conhecer.
Ele reacende uma esperança e nos desperta o desejo de preparar o trilho e descansar, aguardando o trem que um dia chegará para nos fazer atravessar novas pontes.
Não existe tempo e nem idade, sempre há possibilidade de sermos surpreendidas pela vida com o novo, enquanto vivos estamos.
Recomendo este filme a todos, principalmente aos que tem um coração sensível e romântico e uma alma eternamente apaixonada.
E para os mais maduros que como eu sonham ainda encontrar um novo amor, sem perder com o tempo o frescor e a vitalidade joviais, aproveitemos a maturidade e tornemos colorido estes dias de espera. Crendo que o melhor está por vir sempre!
Karina Horst
“O arrependimento só serve para nos atrapalhar no presente. Para azedar nosso momento presente”.