quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Meus Votos

Esses dias, pensando em você, Mozão, me lembrei do seu jeito de ser, das risadas abertas e leves que me faz dar. No carinho que recebo através do seu jeito ímpar de ser romântico. Em suas sábias palavras, em seu caráter, sua generosidade, hombridade e temor a Deus. Também no seu jeito de me olhar, de me abraçar, dizer e fazer coisas que me tocam. E pensando em tudo isto, resolvi dar uma vasculhada em meu passado amoroso e conferir se estava tudo resolvido, sem pendências ou possibilidades de arrependimentos. Foi então que compreendi porque todos os outros não permaneceram. Você é o melhor! Por isso afirmo com segurança, paz e alegria que meu coração e seu. Peço a Deus que seja para sempre e que somente a morte nos separe e assim sendo, que eu vá primeiro. Mas se não for assim, que eu possa dizer que valeu a pena. Que aproveitei tudo que podemos ter e experimentar do amor em e através de nós. Que te beijei todos os dias, te abracei apertado, te acariciei com prazer e ternura, te olhei nos olhos e contemplei toda beleza que em você existe. Dei o que pude, briguei, reclamei, perdoei, irritei e até magoei e magoada fui sem querer. Mas te amei com intensidade, esmero, dedicação - fiz minha parte para que nossa relação fosse feliz. Sei que teremos stresses, discussões, bicos, alterações de vozes no "afã" das palavras e vontade de desistir vez em quando. Mas comprometo-me, reavaliar opiniões, ceder quando necessário, relevar, compreender e lutar, para manter acesa, viva, nossa harmonia em viver e todo sentimento bom que um dia nos uniu. Prometo cuidar para que tudo que o amor pode dar, eu busque ter em mim, para com você compartilhar. Mais que marido, quero você meu melhor amigo e pra sempre namorado. Amo-te! Karina Horst

terça-feira, 20 de março de 2012

Final do verão


Sinto como se eu fosse parte deste ciclo, outono - inverno - primavera - verão. Mudo com ele, acompanho suas mudanças climáticas e meu humor sente.

No verão sou vibrante, sou mulher, sensual e livre. Gosto de viajar pra onde o sol me leva, para as belas praias e sempre bem acompanhada.
Tenho canções, falo de vida, meu voo é maior, minhas antenas se tornam parabólicas num fio invisível que leva e carrega luz ao satélite universal dos pensamentos e novas idéias. Onde a alma percorre meu corpo em busca de mais, eu quero sempre mais.

Outono desperta-me para o fim das coisas, me leva a ver que o infinito não existe sem um fim. Que as coisas precisam de tempo e as pessoas de adaptação a estas.

Inverno, quero colo, quero aconchego, quero amar bem juntinho e quentinho. Quero hibernar na solidão ou me aquecer envolvida no calor dos afagos em abraços de amor. Quero só junto ficar, não quero o frio sentir sem que ligeiro seja. Sinto-me em declínio,ensimesmada se este muito demora passar.

Primavera, me desponta o olhar para fora de casa. Para além das cortinas fechadas, abro as janelas e me permito ver o sol entre as flores de novo. Novo tempo, mudanças e esperanças de dias melhores. Me faz sorrir, correr, sentir as folhas que caem ao vento e move meus cabelos.
Me torno um pouco menina brincando entre ás árvores cheias de si. E volto meus dias para fora, para o novo e cheia de alegria por estar mais pertinho novamente do meu verão sempre preferido!

Todas as estacões da vida são necessárias e, cada uma delas, me prepara para o que virá depois. Mas o verão tem mais haver comigo, com o que sou, me sinto melhor por ter mais de mim nele. Creio eu, que por ter nascido em fevereiro e no Brasil, é verão!!!

Eu sou assim, sou Karina Horst.
20/03/12

domingo, 13 de novembro de 2011


Das pétalas que cato, do amor não sei. Do desapego da saudade, viro-me em direção oposta. Retiro-me do peso que te impede de me amar e assim sorrio em cavalgada, rumo ao horizonte despertando-me do medo que em mim guardava. Pois, envolvida em teu corpo encontrei no afago a despedida, o siga em frente e nada mais. É por isto que amo o que é amor, o que tem volta, despeço-me do que é passagem.

Sigo, volto, me entrego e parto, isso sou eu em mim, na correnteza das águas que correm como um rio e assim, fluem dentro e fora, em contínua explosão de sentimentos que alteram entre nãos, sim e talvez, entre não ser e existir.

O fluxo que é quente, esfria no ininterrupto, no prosseguir evapora. Sinto em seu respirar que a lembrança passou, que o mistério acabou, deixando fugazmente em mim a vontade de quero mais. Abre-se então outra vez minha janela da alma, meus olhos contemplam o despertar do amanhã. Sorrio em paz e mais mulher, Amada e amando não importa se conjugados ou não ao mesmo tempo.

O novo me surpreende quando permito-me, quando dou espaço pra ele chegar.
Maturidade me fez mulher, a dimensão do que é ser fêmea, deixa um rastro vazio no caminho do encontro com aquele que ainda há de vir e se tornar presente no encontro que fica posterior ao tempo do cio.

Encontro-te feliz e mais inteira. Revelo-te humana, com meus erros imperfeitos e aceitos, num constante ir e vir de um lugar encontrar. Dos enganos desperto-me, das quimeras doces de uma ingênua esperança afasto-me; mas só falo desta, que pelos anos insistiram em mim pousar com suas asas da alvorada, rumo ao norte sempre.

Abro-me para ti futuro e levo comigo somente um pouco de tudo que sou para que te seja apresentado e então compreendido, o passado que assim me fez e perdoar-me pelo pouco mais de tempo que levei para encontrar-te. Enfim, aqui estou, muito prazer, meu nome significa, vitória da esperança que suportou o tempo da solidão, no caminho entre flores e espinhos, rompendo as tempestades que derrubavam e as chuvas que somente regavam. Muito prazer!
Karina Horst

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa

terça-feira, 14 de junho de 2011


Ah se eu pudesse o que meu coração deseja agora, se eu tivesse o dinheiro que preciso nesta hora. Partiria sem medo, voaria até chegar aos destinos que meus olhos não podem alcançar. Percorreria lugares, conheceria outros povos, admirando e aprendendo mais com eles e com suas culturas, trocando formas, pensamentos, e esperanças.

Como é bom olhar pra frente, seguir trocando as lentes da solidão e cansaço por um novo dia nascendo e trazendo com ele renovação. É bom abrir o peito para o que é diferente sem me perder em idealizações. É bom amar de todo jeito, sem que retiremos nossas edificações, nem nos percamos de vista.

Parar é pouco, andar ou correr depende do tempo que falta.
O tempo pode aproximar ou afastar, depende do que é mais importante para cada um.
A noite traz o frio que o dia refresca, tudo sempre depende da necessidade.

Vivemos em harmonia quando conseguimos viver bem com o outro a partir do que conseguimos ser. Na prática provamos o que dizemos e experimentamos o que ouvimos. Cada um sabe de si no ponto que alguém a ele tornou claro em algum momento da vida. Colhemos frutos de escolhas, oferecemos o que conseguimos ser.

Máscaras, capas, são nossos esconderijos necessários e oportunos, onde acreditamos ser inatingíveis... até que chegue alguém que enxergue um pouco mais além.
Tornamo-nos escravos do que queremos libertar quando aprisionamos alguém que permitirmos ir.

Como é bom ser livre, como é prazeroso sentir que as marcas que fazem parte de você carregam em si um gosto suave e levemente amargo da maturidade além de mais idade.
Quero libertar-me cada dia mais dos preconceitos que carrego para não morrer presa em minha própria língua ferina. Podendo assim, abarcar oportunidades além de mim mesma e surpreender-me com inesperado e oportuno bem querer.

Quero ser a cada dia mais, tendo o que é necessário para continuar indo onde meus anseios desejam chegar. Sem, contudo, perder a fé que me move e a paz que em Deus me norteia.
Karina Horst
14/06/2011

domingo, 29 de maio de 2011

OS POEMAS

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Esconderijos do Tempo



No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...

Mário Quintana

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vivências


Não me cobre o que não tenho, dou o que possuo e algumas vezes o que me falta.
A linguagem é um meio de comunicação que advem de sua cultura e vivência no todo.
Você a carrega ao longo dos dias em que os olhos e ouvidos abertos permanecem.
Vivo o que há em mim, falo o que de dentro sai, se não digo sobre você, perdoe-me.
Pareço alegre quando contemplo as flores e presentes recebo, mas se vejo ao meu redor olhos tristes, de um vazio que chora pela falta e abandono, num mundo onde só quem tem recebe o melhor, envergonho-me de não ser eu a pessoa que sacia a sede deste ser que chora. E assim permito-me de alguma forma ao lado destes estar.
Enquanto vou ao encontro caminho suave, mas se com a solidão deparo, dos meus lábios subitamente o sorriso se aparta.
Dou o que possuo, busco o que preciso, mas às vezes cansa. Cansa querer, ver, sentir, crer, tocar sozinho. Correr para o fim, buscar o começo, retardar a dor, eliminar os enganos, descartar os erros, não é para quem pouca força tem.
Vou, volto, prossigo e paro. Dentro e fora encontro-me nos afins, nos que caminhando prosseguem apesar dos desatinos e pesares.
KHF

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mário Quintana