quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tenho fome


Você tem fome de quê?
Eu...tenho fome de muitas coisas...
Tenho fome de ser mais que ter, de mais vida, justiça e amor.
Da saudade que espera, da vontade de desejo.
De amizades sinceras, sorriso de criança, gargalhadas de gente feliz.
De convivência fácil, por uma tolerância maior.
De chuva que rega a terra e produz novos frutos.
De trizteza que humaniza, das dificuldades que me tragam mais coragem, de lutas que me presenteie com uma doce e justa vitória, mas, principalmente, das perdas que ensinam a lidar com as frustrações de cada dia.
Do abraço amigo, da honra e do caráter.
Da gratidão e do altruísmo.
Do trabalho com prazer, de liberdade e criatividade.
De mais afetos e aprendizados com novas histórias pra contar.
De beijo na boca demorado, de andar descalço, de sol e de mar.
De boas lembranças, despedidas e reencontros.
De viajar, aprender e ensinar.
De ser uma pessoa melhor.
Tenho muita fome do Deus criador, da eternidade de paz, e de conseguir cumprir os ensinamentos que meu mestre Jesus ensinou.
De tudo isto e um pouco mais fome tenho, e você, tem fome de quê?
Karina Horst
08/12/10

DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Mário Quintana

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O topo da montanha


O valor de uma conquista pode ser plural e individual

Ouço muito falar que as pessoas só dão valor as coisas que conseguem com sacrifício, penso não ser isto uma verdade absoluta.

Acredito que cada um tem uma lente própria para ver a vida e assim sentir e analisar suas escolhas, suas perdas e seus ganhos.

Por exemplo, se a meta de uma conquista é chegar ao topo da montanha, não necessariamente o que vai a pé dará mais valor do que o que vai de helicóptero.

Avaliando o esforço físico e as experiências adquiridas nessa longa caminhada, podemos dizer que este que a pé vai, terá mais ganhos. Entretanto, dependendo da forma de se ver a vida, o que foi de helicóptero não perderá tanto, uma vez que o objetivo era chegar no topo da montanha, e a avaliação de experiências adquiridas no caminho são pessoais.

Penso que chegar, independente do esforço feito, será valoroso para ambos, principalmente se na demora e nas dificuldades encontradas, acontecer de alguém desistir, ou não receber com o mesmo vigor, com o mesmo entusiasmo, a vitória. E isso é passível de ocorrer, nem sempre há total alegria em uma conquista anteriormente muito almejada.

Vencedor ao meu ver, é o que a partir da conquista, sabe permanecer e investir para outras dali em diante. O topo algumas vezes é o princípio de um precipício, deve-se aprender a sair dali sem perder o que conquistou, e então, tanto faz quem subiu de helícoptero ou caminhando, ambos terão que vencer esta nova etapa com criatividade, disposição e desejo.

O melhor está no sentido desta conquista para cada um, no valor atribuído para o possuidor ao que possui.

Em ambos os casos, não concordo com aqueles que burlam regras para se dar bem a qualquer preço, não se importando em por cima dos outros passar. Não concordo com quem justifica os meios pelos fins.

Perdendo ou ganhando os valores morais e cristãos devem estar sempre muito bem alicerçados nas batalhas, para que a guerra valha à pena ser lutada e vencida.

A força, a hombridade, a dignidade de um homem nas adversidades é que provam o seu caráter. A forma de lidar em cada situação é que revela quem dará mais valor ao que ganhou, independente da força que fez para conseguir.

É assim que hoje eu penso.

Karina Horst

15/11/2010

domingo, 31 de outubro de 2010

Eu desisto


Por Thaís Candorim

"É isso mesmo, entreguei os pontos, não dá mais, acabou.
Essa frase soa com tanta força, não é?
Mas é verdade, eu desisti mesmo.
De um monte de coisas.
Desisti de reclamar de quem não quer aprender. Decidi me concentrar em quem quer...
E se você olhar bem direitinho, perto de você tem um monte de gente sedenta de conhecimento.
Desisti de tentar emagrecer para ser igual a todo mundo.
Resolvi ter o peso que eu devo ter, por uma questão de saúde, por uma questão de bem estar.
Só isso.
Desisti de tentar fazer com que as pessoas pensem do jeito que eu gostaria que elas pensassem.
Achei melhor buscar respeitar o outro do jeito que ele é.
Imagina se o mundo fosse feito de milhões de pessoas iguais a mim...
Ah, isso ia ser um tormento!
Desisti de procurar um emprego perfeito e apaixonante.
Achei que estava na hora de me apaixonar pelo meu trabalho e fazer dele o acontecimento mais incrível da minha vida, enquanto ele durar.
Desisti de procurar defeito nas pessoas.
Achei que estava na hora de colocar um filtro e só ver o que as pessoas têm de melhor.
Defeito todo mundo acha, quero ver achar qualidades em quem parece não tê-las.
Desisti de ter o celular mais “psico-tecno-cibernético” do mercado. Agora eu só quero um telefone, pra falar.
É muito frustrante comprar o mais novo modelo e dias depois ver que ele já foi superado. É pra isso que a indústria trabalha.
Aproveitei o gancho e apliquei o conceito também a outros produtos: relógio, computador, máquina fotográfica, carro.
Desisti de impor minha opinião sobre tudo.
Decidi que de agora em diante vou ouvir todas as opiniões, mesmo as contrárias, e vou tentar tirar proveito de cada uma delas.
É mais barato compartilhar as opiniões do que brigar pra manter só uma.
Desisti de ter tanta pressa. Tudo na vida tem seu tempo, e se não acontecer, não era pra acontecer.
Não quer dizer que eu vou “deixar a vida me levar” e parar de correr atrás do que eu acredito, mas não vou me desesperar se eu perder o vôo.
Sei lá o que vai acontecer com o avião...
Desisti de correr da chuva.
Tem coisa mais bacana que tomar banho de chuva?
Há quanto tempo você não sente aquele cheiro de terra molhada?
E se o resfriado chegar, qual o problema? Não vai ser o primeiro nem o último.
Desisti de estudar por obrigação. Agora eu faço da leitura um momento de prazer...
Cadeira confortável, pezão pra cima, um chocolate quente, minha gata ronronando do lado.
Os livros agora ficaram menores e mais fáceis, mesmo que seja a CLT ou a NBR 9004.
Desisti de buscar uma planilha de indicadores toda verdinha.
Os índices são assim mesmo, às vezes melhoram, às vezes pioram. Isso é o mundo real.
Eu não vou deixar de fazer a gestão sobre eles, mas decidi que não vou mais sofrer por isso.
Bons ou ruins eles devem gerar aprendizado e isso é o mais importante.
Desisti de trabalhar para fazer o meu sistema da qualidade ser perfeito.
Eu prefiro mantê-lo sob controle, funcionando, ajudando as pessoas, ajudando os processos, dando resultados, mesmo que aos poucos.
Com essa filosofia eu ganhei um monte de parceiros, ao invés de cultivar inimigos.
Se eu fosse você, desistia também...
Tem um monte de coisas que você faz, carrega e sente, que não precisa.
Pense nisso!!!"

Lendo este texto me identifiquei com quase tudo que ali escrito está.
Eu também estou desistindo de muitas coisas, em busca de conseguir desitir de tantas outras.
Percebi que não somos donos da verdade,e que nem sempre temos razão. Estamos em um processo de conhecimento, e muitas vezes aquilo que hoje é verdade pra nós, daqui um ano deixou de ser. Evidente que existem verdades imutáveis, mas elas estão para além de conceitos pessoais.
Na pluralidade de encontros e na diversidade de diferenças, é possível abrir mão e ceder. Já fiz isso e percebi que a vida naquele instante ficou mais leve e sob controle.
Estou desistindo de carregar fardos impostos por olhares que se dizem tudo saber e cobranças perversas com sabor de pura inveja.
Sigo cantando e buscando desistir de tudo que escraviza minha mente, ou que me torne uma pessoa amarga e maldoza, egocêntrica e orgulhosa, cruel e iracunda.
Temos o bem e o mal dentro de nós, cabe escolhermos qual deles vamos alimentar.
Karina Horst
31/10/10

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Solidão contente

Ivan Martins, editor-executivo de ÉPOCA

Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas – e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente – e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

“Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”.

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.
Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu é que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior – com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando – senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos. Nem sempre é fácil.

* * *

(Mas finalmente, quando se aprende, é sensacional!)

Por gentileza Ivan, agradeça a sua prima por mim!
Amei ler um texto tão intensamente coerente com a mulher contemporânea, e mais, me reconhecer entre elas.
Ter alguém ao lado que valha à pena, que se encaixe bem ao nosso dia a dia é maravilhoso. Mas quando não é bem assim, estar só torna-se opcional para quem sabe se amar e já conseguiu ser sua melhor companhia feliz sozinha.
Para quem ainda não conseguiu, é mais difícil abarcar esta compreensão.
Aprendi certa vez e vejo que é certo,"ninguém é feliz com alguém enquanto não aprender ser feliz sozinho!"
Karina Horst

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A menina e os balões


Numa tarde de domingo crianças brincavam em uma praça pública. Algumas se balançavam outras corriam pra lá e pra cá, outras jogavam bola. Em meio a todas essas, havia uma menina de vestido rosa, sozinha hipnotizada olhando para o céu sorrindo.
Curiosamente, olhei e nada vi de tão especial além de alguns balões coloridos que parecia ter se soltado de algum lugar.
Olhei de volta e ela continuava lá, parada no tempo com o olhar fixo para os balões como se estivesse sido hipnotizada.
A cena era no mínimo curiosa, e deu-me uma vontade enorme de ir até aquela garotinha e perguntar o que tanto a encantava lá em cima de onde não tirava os olhos.
Ali fiquei entre um pensamento e outro, entre um ímpeto de ir até ela e outro de ficar para não incomodá-la e então, de repente ela se levantou e se foi em direção a alguém.
Tão absorta em meus pensamentos estava, que não percebi quando uma senhora chegou perto e a chamou, levando a pelas mãos a caminho da rua.
Decidi retornar para a leitura do meu livro, olhando mais uma vez para um céu que já não tinha mais o colorido daqueles balões e também não havia ali naquele lugar a alegria daquela garotinha. Imediatamente me bateu uma saudade nostálgica, e recordei da minha infância, quando com meus primos subíamos nas mangueiras da fazenda do tio Abel, para comermos manga no pé. Fechei automaticamente o livro na tentativa outra vez frustrada de retornar a leitura, e ali meu pensamento foi tomado de inúmeras lembranças felizes.
Lembrei-me dos passeios a cavalo, do dia em que um disparou comigo até sua coxia e ali empacou. Das lindas bolinhas de gude que colecionava além dos álbuns de figurinha e papéis de carta. Da Susi ciclista que ganhei de aniversário do meu tio Eudes que a colocou para andar em volta do bolo. Do mundo feliz que meu pai me deu antes de morrer e até hoje ainda guardo comigo. Dos amigos que brincávamos de pique esconde, bandeirinha, elástico, amarelinha, pingue pong, quebra-cabeças, e tantas outras brincadeiras mais. Dos retiros da igreja que não queríamos ir dormir para brincar mais. Da primeira viagem que fiz sozinha com a turma da escola, para o play Center, Cidade das crianças e Simba Safári em São Paulo. Da minha avó em Minas, atrás do porco e fazendo toucinho pra gente. E de quando ela no inverno me arrumava para escola ainda debaixo da coberta. Dos pães que ela fazia em casa, das canções que ela cantava para eu dormir.
Dos postes tortos que fui enganada a olhar para parar de chorar na estrada quando me tiraram o picolé para dar a minha prima mais nova que deixou o dela cair no chão.
De quando aprendi sozinha e em um dia a andar de patins e no dia seguinte meu braço doía tanto que parecia quebrado. De quando aprendi em Brasília a andar de bicicleta e caí em cima de uma planta de espinhos que tem muito lá. Fiquei com espinhos espalhados pelo corpo, minha mãe teve que me ajudar a tirá-los, e pra falar a verdade nem me lembro se doeu.
Boas lembranças tomaram-me de súbito os pensamentos, e retornando ao meu tempo, ainda com um esboço de sorriso nos lábios me dei conta ao olhar o relógio de que estava ali sozinha sentada naquele lugar onde já findava a luz do dia por um bom tempo.
Minhas tenras lembranças absorveram-me no espaço e no tempo e então me lembrei mais uma vez da garotinha que olhava para o céu encantada com os balões e sorri.
Karina Horst de Freitas
01/10/10 12:30h
O que meu mais que tio querido, pai do coração, me escreveu de volta...

Karina, querida, Karina.
Gosto dos teus escritos. Você tem uma alma nobre, criativa, produto da graça abençoadora de Deus. Consola antes de ser consolada, como um reflexo do amor que nos amou primeiro. Deus te abençoe mais e mais.
Senti o desejo de também escrever-te e o faço neste instante, sobre "Mais um pouco de Mim".

=== Sonhos de Karina ===
Sonhos, são lembranças encantadas da infância,
Bem vivida ou mal amada.
Sonhos, são caminhos de esperança,
roubada ainda na infância.
Sonhos, são suspiros de desejos incontidos na alma,
Que vem, às vezes de repente, em plena calma.
Sonhos, são sintomas do infinito,
Da alma silenciosa em seu grito.
Sonhos, sonhos, quantos sonhos,
Tristes, alegres ou rizonhos;
Como marcas profundas da alma em aflição,
Que se aquece, só, no coração.
Sonhos, como nuvens brancas, na amplidão;
Na tela imensa do universo;
Que pinta em frente e verso,
De azul ou de outra cor,
Nos múltiplos tons de se viver a dor.
Sonhos, que sonham todos os mortais,
Que um dia passarão, além,
Dos sonhados que ficaram antes dos portais.
Sonhos, acalentados na esperança,
Que surgem do baú de todas as lembranças;
Retratos sem parede, em preto e branco, amarelados;
Pegadas apagadas de ventos ou bonanças.
Sonhos, que tocam as rodas do tempo,
Tempo passado, ou passando,
Vivido, amado ou amando.
Sonhos, de um tempo de menina,
Pequenina, nos braços paternais
De quem um dia te chamou KARINA!
Sonhos, doces, puros, eternais !
Eudes Horst
Recife, 30 de outubro de 2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sob o sol de Toscana


Assistindo ao filme sob o sol de toscana pela segunda ou terceira vez não me recordo bem, reacendeu em mim uma nova esperança nas palavras do autor através de sua história romântica e seus personagens muito bem representados.
Esta surpreendente história, nos passa em meio a uma belíssima paisagem, cenas de uma realidade que nos faz sentir bem semelhantes.
Frances, personagem da atriz Diane Lane, é uma escritora feliz até descobrir a traição do marido e se divorciar. Sua amiga, não podendo ir mais a excursão marcada para Toscana, oferece a ela suas passagens, e ela então resolve aceitar para se distrair um pouco. Mas, ao chegar lá, impactada com algumas coincidências, resolve comprar e reformar uma casa velha mudando radicalmente o rumo de sua vida.
Logo que chegou à cidade, observou uma mulher exótica que passeava pela feira como se estivesse indo para uma festa, mais tarde, esta veio ser naquele lugar uma querida amiga conselheira e incentivadora.
Esta que se chamava Katherina, aos poucos vai abrindo os olhos sofridos e desesperançosos de Frances ao relatar suas histórias de vida, relembrando algumas das sábias palavras que ouvia de alguém do passado dela.
Em meio a tantas pessoas desconhecidas, ela encontra no corretor, que vendeu e a ajudou a encontrar as pessoas certas para reformar a casa, um amigo especial e presente. Em um dia onde acabou tendo ataque de nervos depois de ver uma cobra entrando no seu quarto, em total desespero ela começa a pensar arrependida, no que estava fazendo ali naquela casa enorme, totalmente só. Pacientemente, este novo amigo conta a ela sobre os trilhos que foram construídos entre Suíça e Veneza antes mesmo de existir o trem que passaria por ali. E este fato trás ao seu coração nova fé e esperanças.
No desenrolar do filme, ela conhece Marcelo, um homem lindo e maravilhoso que parece cair do céu, mas que por variados desencontros, este romance não vai à frente e triste, ela retorna a casa de sua amiga conselheira Katherina. Neste encontro ela lembra de que quando era criança sempre ficava procurando joaninhas, até que um dia com o cansaço da procura adormeceu. Para sua surpresa e satisfação, quando despertou estava cheia de joaninhas pelo corpo. E Katherina aconselha sua amiga a viver deixando o passado para trás, curtindo as oportunidades que lhe apareceriam ao tempo e sem que ela percebesse, o que procurava viria ao eu encontro.
Neste momento do filme eu pensei, este rápido relacionamento com o lindo Marcelo em Roma, ao meu entender, foi como um oásis em meio ao deserto para que ela renovasse suas forças e prosseguisse para o que estava reservado a ela viver. E daí muitas coisas da minha vida relembrei, comparei e me enchi de pensamentos bons.
Para mim este filme foi encantador, cheio de poesias nas cenas e no enredo em meio a um cenário maravilhoso que é Toscana que tenho o sonho de conhecer.
Ele reacende uma esperança e nos desperta o desejo de preparar o trilho e descansar, aguardando o trem que um dia chegará para nos fazer atravessar novas pontes.
Não existe tempo e nem idade, sempre há possibilidade de sermos surpreendidas pela vida com o novo, enquanto vivos estamos.
Recomendo este filme a todos, principalmente aos que tem um coração sensível e romântico e uma alma eternamente apaixonada.
E para os mais maduros que como eu sonham ainda encontrar um novo amor, sem perder com o tempo o frescor e a vitalidade joviais, aproveitemos a maturidade e tornemos colorido estes dias de espera. Crendo que o melhor está por vir sempre!
Karina Horst

“O arrependimento só serve para nos atrapalhar no presente. Para azedar nosso momento presente”.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Diferenças


Vocês já se deram conta do que significa ser diferente?
Os pais podem gerar dez filhos, e até mesmo gêmeos, se observarem atentamente saberão que nenhum deles é igual ao outro, sempre terá algo que o diferencia dos irmãos e ao longo da vida dos amigos e grupos por onde tiver que conviver.
Observando as diversidades, percebemos os que gostam de samba e pagode, e os que preferem a ópera e o jazz, os que comem carne e os que são vegetarianos. Os que preferem praia, e os que preferem cachoeira, e tem os que gostam de tudo um pouco.
Mesmo em meio a tantas diferenças, vivemos em grupo, em sociedade, e assim vamos tentando nos adaptar as regras impostas e ditas como corretas para um bom convívio social, e isso até procede em algum momento. Mas imaginem o que seria do carnaval carioca, se todas as mulheres fossem magras como as modelos de passarela?
Um pouco mais além das características físicas, nacionalidade, crenças, cultura, intelectualidade, raça e gostos, quero colocar aqui a individualidade de cada ser humano que deve ser respeitada e compreendida.
E escrevo sobre este assunto, por ainda em minhas análises do comportamento humano, ver quantos ainda tentam impor ao seu companheiro de viagem, ou a um simples transeunte do seu caminho, a sua forma de ser, pensar e agir, manifestando-se sempre contrário a toda outra e qualquer expressão diferente da que julga ser a “certa”.
Acho que é possível aos que não são oligofrênicos, entender que nem todos os seus semelhantes são afins.
Cada um pode ter sua fé, sua moda, seus gostos, mas se tivermos sempre uma atitude crítica e aversiva a toda e qualquer diferença, os preconceitos aumentarão e a paz nunca reinará. O amor aceita o outro como ele é, ainda que não concorde com as atitudes. Não quero com isso justificar incoerências, maldades, impunidades, covardias e corrupções.
Agora vejamos, o que você acredita ser melhor, ser certo para você, nem sempre será o mesmo para o seu próximo, simplesmente por causa de sermos únicos.
Vamos todos pensar melhor nisto e assim abrir mão do egocentrismo infantil que teima em continuar nos deixando regredidos, acreditando que o mundo gira ao nosso redor. Vamos ser mais altruístas, vamos tentar elogiar mais que criticar, cada um tem este direito, mas é mais produtivo e saudável o incentivo.
Vamos tentar compreender as limitações e o tempo de cada um, antes de usar a língua ferina para julgar e falar mal do outro com alguém.
Chega de achar que seus pensamentos são os mais corretos, o tempo que perde em falar do outro gaste se auto-analisando e reconhecendo que também está cheio de falhas e defeitos. È possível que os que estão ao seu redor calados diante de seus defeitos, estejam evitando te falar a verdade, por saber que não tem inteligência emocional suficiente para ser capaz de compreender e mudar.
Sejamos humildes para aceitar críticas construtivas e fazer, quem tanto fala o que quer levianamente, pode acabar ouvindo o que não suporta, e ainda vai dizer que o outro é mal educado ou de temperamento difícil.
Somos respeitados quando respeitamos, quando sabemos até onde vai o nosso limite e entendemos que ninguém é tão sábio que não tenha o que aprender e tão inculto que não tenha o que ensinar.
Crescimento é um processo para todos, cada um ao seu tempo, por isto tenha paciência, é provável que ao seu redor alguém esteja tendo contigo.
Karina Horst – 31/08/10

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A justiça de Deus chega

“Porque eu sei que meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra” Jô 19:25

Desde criança ouço falar da paciência de Jó, homem íntegro e fiel que não pecou e nem murmurou diante da sua enorme provação. Conforme fui crescendo e relendo, compreendi que na verdade ele jamais negou a Deus, mas seus momentos de descontentamento com a vida estão claros ali.
A religiosidade pode nos colocar uma venda nos olhos e um peso tão grande em nossa caminhada cristã, que em certos momentos pensamos ser melhor desistir. Quantas vezes estamos assim, sendo provados por Deus e criticados por pessoas com a visão limitada onde só conseguem enxergar o que querem ver ou o que as aparências revelam.
Para os amigos de Jó, tudo que falavam era correto, mais estavam errados ao julgarem que o motivo pelo tão grande sofrimento de seu amigo era o de ter pecado contra Deus. Devemos tirar lição deste ensinamento para não nos precipitarmos em julgar pessoas pelas aparentes circunstâncias ou até mesmo pelos fatos imediatos. Somente Deus sonda os corações e por isto o seu julgamento é perfeito para fazer justiça e dar vitória aquele que aos Seus olhos justificado está e posso garantir que Ele faz justiça sim.
Oro para que minha boca não verbalize palavras vazias num deserto sem fé, mas que produzam vida pela verdade do evangelho de Cristo que por si só é revelada, alcançando assim corações sedentos de paz nesta minha tentativa diária de obedecer e viver seus mandamentos em amor.
Tenho visto de perto o Seu poder através da vida de alguns irmãos e tenho almejado de alguma forma esta unção para cumprir o propósito da minha vida aqui nesta terra.
Alguns dias atrás fui alertada por Deus através dos seus ungidos na terra de um perigo que se levantou contra mim, mas ao mesmo tempo que preocupou, alegrou muito meu coração por ver que juntamente com o aviso recebi grande livramento. Como é bom seguir Seu caminho descansando em Suas promessas e aguardando Dele o livramento e a salvação. “Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”. Sl 126:6
Jó venceu sua dor e recebeu em dobro das mãos do Senhor tudo que havia perdido. Se você que lê meu blog está passando por algo assim, aguarde o final da história, Deus surpreende. Ele nos prepara primeiro para no Seu tempo nos dar o que prometeu.
Para os mentirosos é conveniente a verdade ser um ponto de vista. Não desista da verdade, não desfaleça nas provas, nas injustiças, creia que o melhor de Deus está por vir. Olhando para o final desta história podemos ter esperança e ânimo para prosseguir. Faça a sua parte, e como dizia o querido Pr. Mauro Israel, “pague o preço que Deus assume os prejuízos”.
Mesmo sem compreender Sua forma de agir, creia que Deus é bom e fiel!.
“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos seus planos pode ser frustrado”. Jô 42:2
Karina Horst

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Lixos existenciais e seus reflexos


Muitas vezes os ressentimentos que guardamos trancados no porão dos nossos corações, podem até ser esquecidos por nós, mas eles sempre estarão refletidos em nossas atitudes, são os lixos emocionais. E é fácil criticarmos e julgarmos a reação do outro, mas é importante pensarmos sempre o que foi que causou nesta ou naquela pessoa tal reação.
Na família de um modo geral, sempre é mais fácil escolher uma ovelha negra para assim não ter que resolver suas próprias questões. Vejo isto no consultório quando atendo crianças, e o interessante é que quando elas estão melhorando alguns pais interrompem o tratamento. A criança só aprende ou só acredita, nas palavras que os pais são coerentes nas atitudes.
Existem pais que por culpa ou qualquer outro motivo que chamam de amor, criam filhos egoístas por não saberem dar limites a eles. Estes filhos crescem achando que podem tudo e assim se sentem donos de pessoas e de tudo que querem possuir. Na ânsia desmedida de conseguir o que desejam não importando os sentimentos do outro, são capazes de caluniar, mentir, roubar e outras coisas mais acreditando que os meios justificam os fins.
Somos produtos dos nossos pais, mas somos responsáveis pela mudança que queremos ou precisamos ter. Você é capaz sim de dar algo que não recebeu, basta querer dar.
Se você só faz algo reclamando, nunca diz eu te amo por achar que seu filho já sabe disso, nunca brinca ou conversa com ele por falta de tempo, só critica nunca elogia, qual mensagem esta criança estará captando e o que acha que ela refletirá depois?
Filho não necessita só de comida, educação, casa e roupa lavadas.
Ninguém é perfeito, temos falhas, mas precisamos querer e buscar nos tornarmos pessoas melhores em tudo, principalmente nos relacionamentos com pessoas que dizemos amar.
Ouvi certa vez, que devíamos ter coragem de perguntar a um inimigo o que é que nós refletimos para ele. É provável que nos surpreendam com a resposta, pois ainda que diga algumas inverdades, a maior verdade pode ser revelada.
Quando você conseguir saber quem é você e o que está refletindo, errará menos nas suas ações, nas criticas e julgamentos que faz ao outro. Pode não ser imediato, mas vale a pena, sempre valerá continuar tentando. Não tenha medo da verdade, ela pode ser dolorida, mas será sempre a melhor forma de agir, viver, ser e tornar livre quem ama.
Comece saindo da sua obstinada razão para assim, poder compreender o que o outro está desejando receber de você. Não somos obrigados a dar o que não temos, mas com disposição, poderemos sempre fazer uma boa troca.
Você pode tirar o melhor e o pior do outro. Pense nisto!
Karina Horst
21/08/10

"O grande pensador Agostinho afirmou que os pais devem se preparar para educar os filhos, vinte anos antes de eles nascerem. O ensino eficaz há sempre de ser respaldado pelo exemplo. Disse o músico Albert Schweitzer que o exemplo não é uma, mas a única forma de ensinar. Por isso, os pais são um espelho para os filhos".

TUDO O QUE HOJE PRECISO REALMENTE SABER, APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA.

"Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no Jardim de Infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.
Estas são as coisas que aprendi lá:
1. Compartilhe tudo.
2. Jogue dentro das regras.
3. Não bata nos outros.
4. Coloque as coisas de volta onde pegou.
5. Arrume sua bagunça.
6. Não pegue as coisas dos outros.
7. Peça desculpas quando machucar alguém.
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar.
9. Dê descarga.
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você.
11. Respeite o outro.
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe.... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias.
13. Tire uma soneca à tarde.
14. Quando sair, cuidado com os carros.
15. Dê a mão e fique junto.
16. Repare nas maravilhas da vida.
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... Nós também .
Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e aí verá como ele é verdadeiro claro e firme. Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca.
Ou se todos os governos tivessem como regra básica devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair.. Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos".
Pedro Bial

Um bom e muito oportuno texto nas proximidades de mais uma eleição não acham?

sábado, 21 de agosto de 2010

Coisas que me alegram


Muitas coisas me alegram nesta vida, e na maioria delas, coisas simples.
Eu me alegro quando tomo banho de mar num dia de sol bem quente.
Quando como algo que estava com desejo.
Quando observo um beija-flor na “jardhorta” da janela do meu quarto.
Quando ouço ao telefone minha avó dizer que me ama e que ora por mim.
Quando dou risadas com minha mãe quando ela está de bom humor.
Quando um lindo bebê sorri com o seu sorriso “careca” pra mim.
Quando viajo e conheço um novo e belo lugar.
Quando estou com meus verdadeiros amigos.
Quando conheço pessoas simples de bom coração.
Quando vejo pessoas educadas e justiça sendo feita.
Quando vou ao shopping e compro roupas novas...sou mulher rs!
Quando olho para o céu num dia de lua cheia.
Quando recebo um e-mail surpresa de alguém que quero bem.
Quando caminho pela areia da praia e molho os pés numa noite de verão.
Quando brinco com um cãozinho e ele pula e abana o rabinho pra mim.
Quando contemplo o vôo dos pássaros e a beleza de um albatroz.
Quando mergulho num mar limpo e posso ver a variedade dos peixes.
Quando sinto um cheiro ou ouço uma música que me lembram coisas boas.
Quando toca uma música que eu gosto de dançar e eu danço.
Quando assisto a um filme romântico com final feliz.
Quando enxergo nos olhos de quem amo o mesmo desejo que brilha nos meus.
Mas principalmente, quando percebo Deus falando comigo que, independente das perdas e das muitas frustrações que tive, Ele ainda me alegra com todas estas coisas simples ditas acima.
Por isto e muito mais creio ser feliz!
Karina Horst
15/08/10

sábado, 14 de agosto de 2010

O tempo que foge - Ricardo Gondim


"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.
Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.
Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo".
Ricardo Gondim - (Do seu livro: "Creio mas tenho dúvidas" da editora Ultimato)

Existem pensamentos escritos em que a única diferença entre nós e o verdadeiro autor é o tempo...diante disto nos resta copiar e colar.
Karina Horst
14/08/10

domingo, 8 de agosto de 2010

O amor do Pai


Nós só podemos glorificar a Deus quando encontramos Nele a real e completa satisfação. John Piper
"Muitos de nós compreendemos a fé cristã de uma maneira intelectual, mas a realidade é que via de regra existe uma distância muito grande entre a cabeça e o coração. Intelectualmente sabemos que Deus nos ama e que nos prometeu sua proteção e cuidado com respeito à nossa vida. Temos conhecimento e certeza de que somos seus filhos adotivos. São no entanto freqüentes as ocasiões em que vivemos na prática como verdadeiros órfãos espirituais - como se tudo dependesse de nós e do nosso esforço pessoal.
Nosso estado de orfandade se revela em muitas facetas: na constante necessidade de nos justificar a nós mesmos, sempre que nos defrontamos com nossas próprias faltas; também na intensa busca de aprovação por parte das outras pessoas; e mais: no trazer a nós mesmos aquilo que chamo de “dupla tribulação” – ou seja, não apenas sofremos pela dor de uma determinada tribulação, como pelo fato de evidenciarmos na prática um estilo de vida que parece revelar que fomos completamente abandonados pelo Pai. Como conseqüência passamos a reagir sob o estigma da autopiedade. Então nos deprimimos emocionalmente, deixando-nos invadir por um sentimento de real e completo abandono.
Quero encorajá-lo no dia de hoje a sair desse lugar nocivo e poderosamente destrutivo. Deus é Pai por excelência, assim nos revela o Novo Testamento. E esse amoroso Pai deseja uma conexão real e significativa com seus filhos. Não importa quão grande seja a sua dor. O fato é que não existe absolutamente nada que possa separá-lo do amor do Pai. A magnífica realidade é que somente quando temos o coração Nele satisfeito é que conseguimos experimentar a alegria de compartilhar as maravilhas da bondade e da graça de Deus". Nélio DaSilva
"E porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus". Gálatas 4:6,7

Parabéns a todos os verdadeiros pais. Aqueles que além da contribuição com seu esperma, educou e amou seus filhos. Que souberam dizer não, dar limite e se impor na sua função paterna. Que conhecem seus filhos pelo jeito que ele chega perto e sabem quando falam ou não a verdade antes mesmo de que qualquer outra pessoa possa deles falar. Pelos que conseguiram abrir mão do seu tempo para ouvir e acolher seu filho quando precisou de colo. Pelas palavras de apoio que fizeram a diferença entre desistir e ser vitorioso. Por aqueles que souberam dar mais que presentes comprados, mas que conseguiram juntos criar algo maravilhoso. E também aos pais de coração que dedicam carinho e cuidado aos filhos que os adotou como seus. Pai é quem está presente ainda que distante, que sabe presentear ainda que sem dinheiro algum. Pai é mais que criar e educar, pai de verdade sabe o que amar e cuidar sem mimar além do necessário. Pai tem falhas, e ainda que não tenha recebido o melhor de seus pais, se dispõe a fazer o melhor por seus filhos. Obrigada Deus por ser nosso Pai presente e perfeito em tudo que faz.
Karina Horst – 08/08/10

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Amor próprio...por onde anda?


Gente acabo de assistir pela tv mais uma cena lamentável. Foi gravada uma briga feia entre duas mulheres em um bar por causa de um homem. Elas descobriram que o cidadão em questão namorava ao mesmo tempo com as duas. Será que elas não pensam que este homem é quem não as merece?

Enojada com a cena na hora pensei; elas deveriam juntas estar batendo nele, mas depois lembrei que violência só gera violência e precisamos combater qualquer tipo. É preciso aprender a resolver as coisas ponderando os fatos e conversando civilizadamente.

Refletindo sobre a cena, busquei compreender os motivos que levam tantas pessoas ao extremo de uma situação de violência como esta e o que acontece com cada uma delas para chegar a este ponto. O que será que os pais ensinaram sobre amor, respeito, limite, tolerância, perdão, amor próprio, quais os exemplos que estão dando?

Para mim isto é fruto de uma sociedade ainda machista onde é comum aos homens terem casos fora de suas relações estáveis e até mesmo resolver alguns assuntos espancando suas companheiras com o consentimento ainda que velado das mesmas. Conheço um homem bem próximo que pensa e age exatamente desta forma, “entre tapas e beijos”. São tantos casos, que nem a lei Maria da Penha está dando conta de atender, deixando assim uma brecha para que estes “seres”, certos da impunidade, resolvam suas pendências sentimentais cometendo homicídio como temos visto.

Outra face desta moeda está na busca feminista dos direitos iguais. Muitas mulheres têm se lançado nesta promíscua “arte” da traição em busca de se sentir melhor ou igual, cada caso é um caso, mas vejo isto como pano de fundo. Insatisfeitas se vingam algumas vezes contra elas mesmas quando se envolvem e se dão conta de que esta nova e explosiva paixão não passou de sexo. Ainda não conseguiram separar com maestria como os homens, sexo de amor. Abandonadas e decepcionadas tem as que voltam apara os “trastes” dos seus parceiros anteriores, ao pensar ser melhor mal acompanhada que só. Mas poucos são os que aceitam e perdoam ao tomar conhecimento do fato sem causar mais violência seja ela, verbal, física ou emocional.

Amar e ser amado é maravilhoso, mas para que esta relação seja saudável é sempre bom nos amarmos primeiro. Devemos aprender dar e receber limites, para que possamos amar ao próximo como a nós mesmos. Agindo desta forma se tornará difícil entrar em um relacionamento que te traga mais frustrações que alegrias.

Depois de Freud é possível compreender que existe prazer nos relacionamentos passionais, mas saudável não é. Não somente para estes, mas principalmente nestes casos, vale muito à pena buscar ajuda terapêutica para aprender a focar seu prazer, sua libido em pulsão de vida e não mais na de morte.
Se quiser e permitir, Deus pode e quer te ajudar nessa caminhada conjunta de dor e descobertas interiores através de uma análise pessoal e fé.

É possível ser feliz só ou bem acompanhado, acreditem!
Karina Horst (22/07/10)

*Reservo-me ao direito de expressar minha opinião baseada em fatos que vejo, ouço, leio e ou até mesmo vivencio.

sábado, 17 de julho de 2010

Tudo posso naquele que me fortalece...Quem te fortalece?

"Tudo posso naquele que me fortalece" Filipenses 4:13
“Cristo é tudo para nós. Ele é a nossa vida. Ele é o nosso exemplo, a nossa aspiração maior. É ele quem nos fortalece, quem edifica a igreja. É ele quem atravessa conosco os vales sombrios, quem nos consola na hora da dor (Jó 19.25). É ele quem nos dá o Espírito Santo, que nos reveste de poder para a realização da suprema tarefa de testemunhar até os confins da terra. Em Cristo podemos todas as coisas. O apóstolo Paulo estava preso, vivendo sob pressão e opressão. Mas a despeito das algemas, da pobreza, das provações, das privações, do julgamento e da iminência do seu martírio, ele dizia: Tudo posso naquele que me fortalece. Não podemos todas as coisas em nós mesmos. Não podemos todas as coisas à parte de Cristo. Mas, em Cristo, podemos todas as coisas. Ele é a fonte de todo o poder. Ele é a fonte de toda provisão. Ele é a fonte da vida abundante! Que tenhamos como igreja o desejo de olhar para Jesus como nossa vida, nosso exemplo e nosso alvo”. “[...] porque sem mim, nada podeis fazer” (João 15.5)Fonte:www.cadadia.com.br

Dias atrás vimos pela televisão este versículo tatuado no braço do Macarrão, amigo de goleiro Bruno, no momento em que estava sendo preso. Não sei qual foi o verdadeiro significado desta frase para aquele homem no momento em que fez esta tatuagem, mas em minha mente só me veio uma pergunta, quem o fortalece?
Muitos de nós cristãos temos o hábito de recitar versículos e isso não é ruim, mas quando falamos algo que não colocamos em prática, ou retiramos o sentido do contexto da palavra de Deus para agradar somente nossos próprios desejos egoístas, corremos o risco de sermos chamados de hipócritas além de envergonharmos o evangelho de Cristo. O verdadeiro cristão não precisa falar muito, suas atitudes revelam suas intenções e seu caráter. Paulo sabia quem o fortalecia, e por isso sofreu perseguições, acusações, dores e tantas outras dificuldades, mas ao final ele também deixou escrito, “combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”. (II Tim 4:7)
Como seres humanos estamos sujeitos a muitas falhas, entretanto, para aquele que possui o Espírito Santo e não somente diz possuir, não permanece no erro, mas se arrepende e busca mudança de atitude. Quem diz ser cristão e permanece mentindo, difamando, fazendo ameaças, intentando o mal contra o próximo, não perdoando, roubando, cometendo homicídios, suicídios, injustiças, traindo e outras coisas mais, acha mesmo que vai para o céu?
Não se enganem, nem todo que diz Senhor entrará no Reino de Deus, mas todo aquele que é remido pelo sangue de Cristo, ouve e cumpre a palavra de Deus. (Mt 7:21 / Lc6:47)
Karina Horst – 17/07/10

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Futebol 2010


Como brasileira, vou externar bem superficialmente os meus sentimentos em relação aos últimos acontecimentos noticiados exaustivamente em nossos jornais. Copa do mundo e caso Bruno.

Não entendo e nem sou fã de futebol, mas me descobri uma boa observadora, reconhecido até por quem estava ao meu lado, pois tudo que eu comentei a respeito do jogo, estava certa, ainda que sem os termos técnicos! rss

Desde o início percebemos que nossa amada seleção não estava correspondendo as nossas exigentes expectativas. E como é inevitável a nossa fé na “sorte”, ao assistirmos o pior acontecer, foi decepcionante para todos nós cidadãos que ansiávamos por um hexa. Até para os que não exigiam tanto, sair tão cedo foi frustrante demais. E houve um silêncio de desapontamento acompanhado de lágrimas como uma pausa para que este nó na garganta pudesse ser digerido; voltando-se então a esperança para 2014, onde as camisas, bandeiras e vuvuzelas sairão do armário no anseio de ver uma nova seleção com garra e determinação ganhar bonito em nossa pátria que será a próxima anfitriã mundial.

E então, quando tudo ia se normalizando, cada um voltando-se para seu time do coração, uma nova má notícia é dada para a maior torcida brasileira de futebol; o caso do assassinato da ex amante do seu idolatrado goleiro Bruno. Haja coração!

Mas diante destes acontecimentos onde esperamos agora ouvir algo bom, devemos refletir caso a caso e separar o bom profissional do que pode ser um temperamento difícil, mau-caratismo ou até mesmo uma psicopatia. O poder, a fama o dinheiro revelam a essência de cada um, não formam uma nova estrutura e nem capacitam ninguém de estar acima do bem e do mal.

Não estou com isto afirmando a culpabilidade de ninguém especificamente, deixo isto para a polícia. Mas se tudo que estão noticiando for verdade, se houve de fato um crime, o responsável deve responder judicialmente por seu delito, independente de ser um astro ou não.

O sol nasce para todos, para os justos e injustos, competentes ou incompetentes, para os famosos ou anônimos, mas cada um sempre colherá o que plantou. Para toda ação existe uma reação, para toda escolha uma conseqüência, inclusive para os que se arrependem e são perdoados por Deus. Quem planta abacaxi jamais colherá uva!

Espero sempre a verdade e a justiça, mas se ambas não acontecerem aqui nesta terra, tenho a convicção que do juízo final ninguém escapará.
Descanso nisto!
Karina Horst (11/07/10)
“Descansa no Senhor e espera nele”...

Confiram: Salmos 1:5-6 / 37 / II Tim 2:19 / 4:1

sábado, 3 de julho de 2010

Estar só


É interessante como a vida passa rápido quando estamos distraídos vivendo mais que pensando, falando ou esperando por ela.

Estava no aniversário de um amigo nesta quinta passada e de repente em uma das conversas falamos algo do tipo, “só em julho”. E houve uma pausa entre eu e uma amiga que nos olhamos nos dando conta de que já era primeiro de julho. Na hora eu e ela, que desejávamos realizar o sonho de nos casarmos este ano ainda, ficamos um pouco decepcionadas, mas ao mesmo tempo me lembrei das minhas grandes conquistas até o momento e dos acontecimentos com alguns casais próximos e pensei; nada nesta vida é seguro e eterno, infelizmente tudo pode acabar de um dia para o outro, e cheguei à conclusão que apesar de só, estou bem graças a Deus.

Estar só muitas vezes é ruim, sinto sim o desejo de ter alguém para dividir, compartilhar e me aconchegar, sem peso, sem cobranças ou inseguranças. Mas enquanto isso não acontece e não é por falta de opção, continuo em busca de outras realizações, porque casamento com toda certeza para mim não é a única.

Antes de encontrar alguém para me acrescentar, quero estar inteira e em harmonia com a vida de um modo geral, pois quando chegar o momento de encontrar alguém acontecerá naturalmente. Tudo tem um propósito e tudo tem seu tempo certo de acontecer, eu creio nisto.

Hoje realizei mais um grande sonho e é isto que tem me movimentado e alegrado imensamente o coração, além de estar me sentindo uma mulher mais madura e feliz sabendo esperar um pouco mais para entrar em outro relacionamento. Também estou aprendendo a me agradar mais que me preocupar com o que os outros vão pensar de mim, e quando conseguimos este equilíbrio é possível adiar o encontro.

Vou onde quero, quando quero, e sou feliz por ser alguém que tem conteúdo além de uma beleza fugaz. Tenho amigos de todo tipo e curto muito fazer novas amizades, mas estou sempre em busca de pessoas que acrescentem, do contrário prefiro estar só.

Estamos no meio do ano, mas creio que até o final dele muitas vitórias estarei contando e muitas alegrias compartilharei, mas as que não vierem ainda em 2010, continuarei descansando nos braços do meu Pai.

A felicidade que eu tenho vem de Deus e não de coisas ou pessoas, por isto estou em paz. É isto que faz a vida valer a pena.
Karina Horst
03/07/10

quinta-feira, 24 de junho de 2010

“O tempo pode me atrasar, mas não me impedir de chegar onde eu quero chegar”


Viajar é tudo de bom!
Acabo de chegar de Buenos Aires e quero compartilhar este meu contentamento com todos os que por aqui passarem.
Amo viajar, conhecer novos lugares, novas culturas e pessoas.
Para mim, viajar é uma das formas que me sinto mais viva. Desde a escolha das roupas mais adequadas, arrumação da mala, ansiedade do dia da partida até o então retorno cheio de coisas novas na bagagem da minha existência.

Começamos esta aventura frustradas quando tivemos que adiar a viagem depois de estarmos no aeroporto. Pois é, nossa companheirinha de viagem de apenas 4 meses, precisava de uma identidade com foto, além da certidão, autorização do pai e em companhia da mãe.
Mas como depois da chuva vem a bonança, chegou o novo dia. Corações apertados, semblantes tensos pelo receio de algo desse errado. Mas graças a Deus o desejo se realiza e então quando piso em solo argentino dou meus pulinhos antes prometido, de alegria por estar ali onde há muito tempo planejei estar.

Talvez alguns possam até rir, pensar nossa quanta alegria por tão pouco, mas eu é que sei o valor de cada conquista e os motivos pela demora desta viagem há muito programada, mas superados e é isso que importa.

Chegar lá, poder sentir o vento frio e cortante em meu rosto, contemplar a beleza de cada lugar visto. Admirar a arquitetura, as ruas, o novo e o antigo em total harmonia, eternizando pelas lentes dos meus olhos cada momento ali inesquecível.

E mais, ter a oportunidade de assistir de lá ao jogo do Brasil e poder comemorar os gols, ainda que contrariando alguns. Não tem preço! Rs!

Deixo para trás por ser necessário voltar para o lar, mas trago comigo cada lembrança vivida no desfrutar de mais uma nova conquista.
Como é bom realizar sonhos, ainda que em tempo distante do planejado e esperado.
Karina Horst
24/06/2010

Viajar!Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E da ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Uma igreja centenária


Ouvindo a pregação do meu pastor no domingo antes da ceia, dentro do meu coração se confirmou minha origem eclesiástica.

Tenho descendência alemã por parte do avô materno Horst e da avó materna Heringer. Meus bisavós vieram para o Brasil como imigrantes protestantes. Juntamente com várias outras famílias de nacionalidades diversas num mover do Espírito de Deus, participaram do nascimento da igreja presbiteriana no Espírito Santo a partir do Leste de Minas a mais de um século e desde então praticamente todos os meus familiares permanecem neste caminho.

Sinto um orgulho sem fim por fazer parte desta família evangélica cristã presbiteriana.
Olhar para o passado e ver a quantas gerações Deus faz parte da minha família, me alegra e encoraja para enfrentar o futuro.

Não tenho nada contra as demais denominações, somos corpo de Cristo, me sinto a vontade quando as visito, mas prefiro a simplicidade e confiança que encontro em nossa doutrina além do profundo conhecimento e estudo das escrituras sagradas, nossa regra de fé e prática.

Acredito na total liberdade do Espírito para agir onde, quando e em quem quiser, independente de determinarmos.
Para mim, Deus é totalmente livre para curar ou não curar, salvar ou não salvar, ter misericórdia ou deixar de ter misericórdia, atender nossa oração segundo o nosso querer ou não. Agindo Ele quem o impedirá, quem poderá nos separar do Seu amor?

Ele conhece os filhos o qual criou e escolheu, tendo total domínio sobre suas vidas e assim sendo, enquanto aguardamos a volta de Jesus somos responsáveis em proclamar esta verdade em amor e obediência. Devendo ter para com o nosso Pai, compromisso, fé, humildade e paciência. As demais coisas nos serão acrescentadas. Simples assim.

Eu amo este evangelho de Cristo onde somos livres pelo Seu sangue derramado na cruz por nossos pecados, o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele e isso é tudo.
Sigo em frente neste caminhando para o alvo, totalmente e sempre Dele dependente. Deus é bom!

Karina Horst
16/06/10

Confira o livro que conta esta história.
Uma igreja centenária
Anderson Sathler
Igreja Presbiteriana do Brasil

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Moda de viola


Amo roda de violão, com suas cantorias afinadas em solos de viola
e toadas sentidas em versos longos.
Uma fogueira para aquecer da friagem enquanto a madrugada chega,
tendo as estrelas como espectadoras.
Os dedos correm,deslizando sobre as cordas ecoando ritmicamente gemidos de amor que entoa uma nostálgica e contagiante saudade.
No rosto, as marcas do tempo retratam uma simplicidade
em expressões genuínas de interior,carregadas de afetos e espontaneidades.
Noite a dentro vai levando as dificuldades de mais um dia que se foi
trazendo a força necessária para as batalhas do dia que está por vir.
O cheiro de mato, de terra molhada, a lua que ilumina
um céu infinito e seus pastos verdejantes.
Isso me traz a essência do homem e o sentido de ser.
Ai que saudade da minha infância, da fazenda do tio Abel e
das pueris recordações que trago de lá.
Karina Horst
07/06/10

A novela Paraíso da Rede Globo
de Televisão apresentou seu último capítulo dia 03 de Outubro de 2009, em sua última cena ouvimos o seguinte texto:

Eu imagino Deus como a fonte
de toda a energia que criou
e que mantém o equilíbrio do universo.
Vejo Deus na flor e na abelha
que suga o néctar da flor
para produzir o mel.
Eu vejo Deus no pássaro
que devora a abelha e no homem
que devora o pássaro e no verme
que devora o homem.
Eu vejo Deus em cada estrela no céu,
nas minhas noites nas pousadas
e nos olhos triste de cada
boi ruminando na invernada.
Eu só não vejo Deus é no homem
que devora o homem,
e por isso acho que tenho muito
o que aprender nesses caminhos da vida...
Benedito Rui Barbosa
http://www.youtube.com/watch?v=zqBmGCoaxkU
Deus e eu no sertão, uma bela música para uma moda de viola!

sábado, 29 de maio de 2010

Crisálida


“Was mich nicht unterbringt, macht mich stärker” (Friedrich Nietzsche)= "O que não me mata...me fortalece! "

Sou e como toda mulher, complexa.
Gosto da simplicidade da vida, de escrever em versos palavras que estão em sintonia com minha alma.
Sinto mais que penso, algumas vezes falo mais que ouço.
Luto nem sempre pra vencer, mas para existir e fazer história também.
Creio no Deus criador do universo e do homem que veio do barro a imagem e semelhança Dele. Creio em tudo que na bíblia escrito está, ainda que para alguns céticos seja impossível o que está revelado ali verdadeiro ser.
Minha fé não é cega e nem ignora a ciência, "crer é também pensar" (John Stott);fé é para quem recebeu.
Desejo ir onde ainda não fui, passear entre belos campos, experimentar sabores que ainda não provei, sentir coisas novas. Espero o novo sempre!
Ser olhada nos olhos por quem me olha e que veja a minha alma quem me toca.
Quero ser lembrada pelo presente, admirada pelo futuro e esquecida pelo passado.
Tenho uma vontade enorme de viver o que ainda não vivi de bom, saber o que de melhor ensinam os livros, amar, ser amada com leveza, sem mágoa, ressentimento ou dor.
Quero ser eu mesma, ainda que não agrade a alguns. Se me odiarem por isso, vou orar por vocês.
Que a minha fé me sustente, que a força que há em mim não se vá e que tudo que eu aprendi tantas vezes na dor seja bom, não seja em vão e sirva um dia para algo ou alguém.
Neste momento me transformo para sair depois de uma longa e continuada viagem dentro de mim.
Karina Horst
(fev...maio/2010)

Quem você é e quem você quer ser?
Uma lagarta dentro de um casulo fechada e limitada ou uma boboleta voando em busca de novas conquistas e de novos horizontes?
Eu decidi sair do casulo.
Não quero só existir, quero viver.
Não quero ser o que não sou, quero poder simplesmente ser eu mesma e feliz.
Karina
(maio/2010)

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento".
Clarice Lispector

domingo, 23 de maio de 2010

Caráter ou carisma?

Hoje muitos de nós sofremos em tentar ver o que é verdadeiro e o que é cópia, o que é real e o que é falso. A pirataria é um sinal claro da falsidade que rege hoje a nossa sociedade, a importância que todos tem pela aparência. Bolsas, relógios, óculos, roupas, tanta coisa falsa por aí, tanta mentira que muitos usando delas vivem no mundo encantando do inferno, onde a única mágica é enganar a si mesmo e morrer achando que irá viver.

Carisma e caráter, todos os dois são importantes, mas nem sempre o brilho reflete a verdade, o sorriso representa a alegria, a festa significa comemoração e o dinheiro o sucesso.

Carisma pode ser uma máscara, basta ligar o botão do “sorriso” e dizer está tudo bem, quando na verdade no seu coração o mundo pode estar caindo por terra feito um terremoto sem fim. Caráter, pelo contrário, é a hora de se humilhar e pedir ajuda e deixar de lado a fortaleza do “eu” e criar a ponte da família e do compartilhar da paz.

Caráter é ser autêntico, deixar a sua fé e suas convicções não serem vendidas ou prostituídas por este mundo de valores tão passageiros e rotulados pela moda.

Infelizmente muitos seminários hoje formam doutores em Deus, verdadeiros críticos da fé incapazes de sair pelas ruas e pregar a palavra, homens cheios de letras e convicções, verdadeiros monges isolados nos livros que falam de Deus mas que não revelam o Deus verdadeiro.

Já sofri tanto com lideres carismáticos porém sem caráter, pessoas com dom mas sem o dom da vida em si. Homens com belos sermões e livros emocionantes, mas que revelam em suas próprias casas a verdadeira face atrás da máscara do carisma.

Aprendi com meus pais a simplicidade da fé, não importa o tamanho do desafio que Deus coloca em suas mãos, o seu caráter vai te levar a realização.

Quando Deus nos coloca em uma posição de destaque, seja no trabalho, na família ou na igreja, isso deve refletir o nosso caráter muito alem do nosso carisma.

Nunca vou me esquecer de certa vez pegar um vôo e ser muito bem recebido por uma tripulante sorridente e educada, minutos depois me levantei durante o vôo para ir ao banheiro e me deparei com a mesma tripulante chorando e triste em um assento do avião.

A verdade liberta, a verdade cura, a verdade é doce e traz paz. Jesus é a verdade, a palavra do Senhor é a verdade, e conhecendo a verdade somos libertos. Carisma ou caráter? Querer viver para agradar os outros, ou verdadeiramente viver a verdade da vdia e da fé.

Ser quem você é não te diminui nem te eleva, ser quem você é significa cumprir o propósito pelo qual Deus sonhou a seu respeito.

Hoje eu te convido a não deixar nada, nenhuma máscara te impedir de ser quem você é. Eu oro para que a luz, a alegria verdadeira e a coragem que vem de Deus brilhe em seus olhos. Talvez a lágrima tem molhado seu rosto, a tristeza tem tentado dominar a sua vida, mas te digo, o seu caráter, a sua confiança irá te levar para o coração de Deus. Não seja iludido por um falso carisma ou por uma vida de novela…

Vamos sempre viver com o caráter de Cristo, nos despojando do velho homem, deixando para trás o Egito e suas amarras e correr a corrida da fé em direção ao verdadeiro Santo e amado Senhor Jesus.
Seu Carisma deve refletir o brilho do seu caráter.
André Valadão

Quando eu escrevi que tipo de flor tem escolhido ser, ainda não havia lido este texto. Bom saber que outras pessoas pensam assim.
Karina Horst

"Desejo a companhia amiga de qualquer pessoa que molde sua vida, consciente ou inconsciente, pelos valores do Reino de Deus e não tenha medo de pensar, sonhar, sentir, rir e chorar. Desejo muito construir minha espiritualidade sem a canga pesada do legalismo, sem o hermetismo fundamentalista dos dogmáticos e sem a estreiteza ideológica de quem gosta de rótulos. "
Ricardo Gondim

Os textos que posto aqui em meu blog estão de acordo com o que penso a respeito, entretanto posso discordar do que o autor pensa e faz além.
Karina Horst

sábado, 22 de maio de 2010

Perder a Viagem e o quase

Você pede ao patrão para sair mais cedo do trabalho, aí pega um ônibus lotado, vai para um consultório médico que fica no outro lado da cidade, gasta seus trocados, seu tempo e seu humor e, ao chegar, esbaforido e atrasado, descobre que sua hora, na verdade, está marcada para semana que vem. Sinto muito, você perdeu a viagem.

Todo mundo já passou por uma situação assim, de estar no lugar errado e na hora errada por pura distração. Acontecendo só de vez em quando, tudo bem, vai pra conta dos vacilos comuns a qualquer mortal. O problema é quando você se sente perdendo a viagem todos os dias. Todinhos. É o caso daqueles que ainda não entenderam o que estão fazendo aqui.

Estão perdendo a viagem aqueles que não se comprometem com nada: nem com um ofício, nem com um relacionamento, nem com as próprias opiniões. Estão sempre flanando, flutuando, pousando em sentimento nenhum, brigando por idéia nenhuma, jamais se responsabilizando pelo que fazem, pois nada fazem. Respirar já é para eles tarefa árdua e suficiente. E os dias passam, e eles passam, e nada fica registrado, nada que valha a pena lembrar.

Estão perdendo a viagem aqueles que, em vez de tratarem de viver, ficam patrulhando a existência alheia, decretando o que é certo e errado para os outros, não tolerando formas de vida que não sejam padronizadas, gastando suas bocas com fofocas, seus olhos com voyeurismo, sem dedicar o mesmo empenho e tempo para si mesmo.

Estão perdendo a viagem aqueles preguiçosos que levam semanas até dar um telefonema, que levam meses até concluir a leitura de um livro, que levam anos até decidir procurar um amigo. Pessoas que acham tudo cansativo, que acreditam que tudo pode esperar, que todos lhe perdoarão a ausência e o descaso.

Estão perdendo a viagem aqueles que não sabem de onde vieram nem tentam descobrir. Que não sabem para onde ir e nem tentam encontrar um caminho. Aqueles para quem a tele visão pode tranqüilamente substituir as emoções.

Estão perdendo a viagem todos aqueles que se entregam de mão beijada às garras afiadas do tédio.
Martha Medeiros

O quase
Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Sarah Westphal Batista da Silva)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Deus de Jó é justo

Conhecimento profundo
Quando lemos o livro de Jó, percebemos ali um homem, em cuja vida a desgraça havia alojado. Ele havia perdido seus filhos, seus bens, sua saúde e, durante todo o caminho, alguns amigos tentam trazer consolo para ele, mas Jó entre tantas coisas escreve: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” (Jó 42.1-6). Jó falou muitas coisas sem o pleno conhecimento de Deus, ele disse: “na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia” e, porque ele falou tantas coisas sem conhecer, atribuindo a Deus atos que Ele nunca havia feito, Jó se arrepende, e diz: “Eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem.” Tudo muda quando passamos a conhecer Deus. Qual é o nível de conhecimento sobre Deus? Só de ouvir falar? Jó dizia “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” Mas como podemos ver Deus se Ele é invisível? Quando começamos a conhecer a Palavra de Deus, nos tornamos íntimos dele. Passamos a sentir prazer em Deus. Sentimos prazer em ir à casa de Deus. A nossa prioridade é a vontade dele e não mais a nossa.

Fé é você crer que Deus vai cumprir tudo que Ele prometeu na Palavra dele. Isso que é conhecer a Deus. Nós só conhecemos alguém à medida que entendemos seu caráter. O principal motivo de não buscarmos a Deus é a incredulidade. Queremos alguma coisa palpável, algo que possamos tocar.

A falta de conhecimento de Deus faz com que as pessoas fofoquem, lancem calúnias. Inventam coisas as mais absurdas, só por não conhecerem o Senhor. “Curvam a língua, como se fosse o seu arco, para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para a verdade, porque avançam de malícia em malícia e não me conhecem, diz o Senhor.” (Jeremias 9.3). Pessoas que lançam dardos de mentira, pessoas que se fortalecem na terra, mas não com a verdade, pessoas que avançam no caminho da malícia e falam do que não conhecem, é porque não conhecem a Deus. Entretanto, a pessoa que conhece o Senhor, é totalmente diferente, ela é apegada à verdade, porque Jesus é a verdade que liberta verdadeiramente (João 8.36).

“Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” (Jeremias 9.24).
Amado leitor, guarde esta palavra em seu coração e que Deus o abençoe!
Pr. Márcio Valadão

" DEUS NÃO TEM O COMPROMISSO DE FAZER A VIDA SER JUSTA
SEGUNDO OS NOSSOS CRITÉRIOS.
DEUS É JUSTO. VOCÊ PODE TER CERTEZA DISSO.
DEUS É JUSTO, E TUDO O QUE ELE FAZ NA NOSSA VIDA TEM
UM SENTIDO E UM PROPÓSITO,
AINDA QUE MUITAS VEZES NÃO FAÇA SENTIDO PARA NÓS "
(Extraído do Livro - O Poder da Cruz - Pr. Mauro Israel)

"O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre."
Salmo 73.26

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desencadeando


Sol, céu, véu ao luar.
Vento, lira, velas a guiar.
Teu olhar ilumina as ondas ao léu,
e o ninho que guarda e aguarda o seu tempo de voar.
Guardião sofre, pesa, cria, abriga a escuridão.
Espero quero, na procura deixo uma lágrima a rolar.
Tento, espanto, regenero, volto, abomino,
permito seus pensamentos a mim chegar.
Volto, desnudo, modelo, costuro,
artefatos que a vida nos deixa ataviar.
Desvios oneram comboios em trigos a colher,
Descalços, molhados te envolvo num véu a desvelar.
As palavras soltas correm e por mim percorrem
dos pensamentos para o papel sem censura ou candura.
Montando arquétipos...
Sou ponte que anela, que espera.
Sou fonte a jorrar, impulso a fazer.
Quebro-me e transformo,
faço festa e te ensino a rimar.
Desejo, revido teus beijos molhados...
Na hora, agora, de qualquer maneira perpetuar,
em meu ventre nosso amor eternizar.
Gentileza e batuque fazem escola,
o deserto caminhada.
Sinto, corro, penso, me esmero
Em teus braços adormecer.
Busco, teimo, passo horas no
refugo do teu peito aconchegada.
Digo, falo, corrijo, anelo teus afagos deixar.
Penso, finjo e faço letra,
desenvolvo um cordel a trilhar.
Desvendo e revelo pensamentos em
divergências congênitas.
Absolvo, cresço, desenvolvo
em teu ritmo pulsar.
Acabo termino, faço versos,
em poemas doridos e gemidos do coração
quero estar e te guardar.
Karina Horst
14/04/10 (madrugada)

"Esperar é reconhecer-se incompleto."
Guimarães Rosa

"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!"
Alguns citam Mário Quintana outros, Drummond...

domingo, 9 de maio de 2010

Mulheres e mães


Hoje se comemora o dia das mães, para mim todos os dias deveriam ser e são dias da mãe e da mulher. Das que geram, que lutam, que não desistem, que não abandonam, que se doam, que amam e perdoam como ninguém!
Parabéns a todas as mães por este dom divino que as capacitaram assim e principalmente para as que possuem em seus corações esta verdadeira essência!

Em particular agradeço a Deus por ter mais de uma mãe!!
Sou grata pela vida da minha avó que me criou, me ensinou os caminhos de Deus e me amou, além da que me deu a vida e até hoje ao meu lado está.
Agradeço também por todas as mães espirituais que me acolheram, me ouviram, oraram e ainda oram por mim!
Meu obrigada especial a todas!!
Karina Horst
08/05/10

E sorrio


A lua reflete o mar e o seu olhar.
O orvalho se derrama sobre os campos...
O vento forte que leva as folhas toca suavemente meu rosto.
O sol nasce aquecendo o nosso corpo, as nuvens chegam regando a terra.
Banhamos-nos nela.
Ao anoitecer colho uma flor, com suas pétalas faço o mal me quer, bem me quer...
E sorrio.
Karina Horst
08/05/2010 (madrugada)

"Quero sempre poder ter um sorriso estampado em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para todos os que estiverem ao meu redor.
Não quero brigar com o mundo...
mas se um dia isso acontecer, quero ter força suficiente para mostrar a ele que o amor existe...
e que é superior ao odio e ao rancor, e que não existe vitoria sem humildade e Paz.
Quero um dia poder dizer as pessoas que nada foi em vão..
Que o Amor existe, que vale a pena se doar as amizades e as pessoas... e que a vida é bela sim."
Mário Quintana

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Viver é uma arte


Lendo alguns pensamentos filosóficos dos mais variados autores, me dei conta da diversidade de pensamentos e crenças que existem entre nós viventes e viajantes desta terra. Da pluralidade imensurável na vida de cada um de nós, da riqueza existencial e produtiva nos fatos que nos cercam, bastando somente pararmos um pouco e observarmos o todo em suas partes em cada um dos que nos fazem ser.
Desta forma, percebi como algumas vezes nos tornamos medíocres quando nos rendemos somente aos nossos próprios pensamentos e valores. Aos nossos conceitos e pré-conceitos que nos separa e afasta da compreensão do todo ao depositarmos nossa crença na personalidade forte e inflexível,“imexível”.
E assim sendo, no medo de errar nos tornamos intolerantes.
Cada um é único, cada único tem seu tempo próprio de amadurecer, de agir e de reagir, na busca de ser e ser feliz, não adianta e não cabe a nós o direito de apressar o outro. “O rio corre sozinho”!
Cabe a nós reconhecer e fazer nosso próprio caminho entre os erros e acertos. Ninguém consegue levar alguém com tanta propriedade onde ainda não foi.
O bom é saber aguardar o seu tempo de ir, de voltar e de contribuir com a partida e a caminhada de outros que por nós passar.
Creio que para isto precisamos abrir os nossos corações e arrancar de lá todo impedimento e embaraço que poderá se tornar ao invés de uma proteção, um armadilha contra nós mesmos.
Somente livres encontraremos no outro a mesma essência que habita em nós, seres humanos.
Muitas vezes é mais prudente calar para que nossas palavras tenham valor e respeito quando nos for solicitados falar.
Viver é uma arte que criamos na surpresa de cada novo dia que nos é presenteado.
Karina Horst
07/05/10 (madrugada)

ENCONTRO EM DEUS A PAZ NA LIBERDADE DE OBEDECÊ-LO E CONSTATAR QUE ISTO É FELICIDADE!
Ksinha

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".
Clarice Lispector

terça-feira, 4 de maio de 2010

Que tipo de flor tem escolhido ser?



Como não admirar a beleza e o perfume das flores?
Elas embelezam, alegram, colorem e perfumam o ambiente.

Estava lendo uma nota interessante a respeito das flores artificiais escolhidas para alguns eventos no lugar das naturais. Eles relatam que a preferência de alguns por estas tem aumentado pelo fato delas estarem cada vez mais similares com as naturais e pela durabilidade.
Entretanto, como tudo na vida, eles colocam os pontos positivos e os negativos pela escolha que o organizador da festa fará.
Em relação às naturais, seu tempo de vida é curto, mas é inegável sua beleza viva, além do frescor gerado ao ambiente pelo seu aroma agradável.
As artificiais têm sua graça, sua beleza, sua durabilidade, mas não exalam perfume e pode até vir a constrangê-los ao ser constatado a escolha.

Lendo isto, percebi que esta escolha tem sido feita também entre nós, se comparado as flores. Alguns escolhem viver como flores artificiais, outros naturais e não é muito difícil perceber a diferença entre uns e outros, basta chegar mais perto.

É fato que todos nós seres humanos, um dia morreremos, mas enquanto vivemos para quê viver de aparência, fingindo ser o que não é, viver o que não crê, comprar o que não pode, falar o que não sabe e pregar o que não vive?
Não sabem ser honestos consigo mesmo, vivem a vida de alguém, ou vive para agradar o outro e não a si mesmo, ou principalmente a Deus.
Os que escolhem viver uma vida artificial podem durar muito, por muitos anos, mas só saberão gerar aparência, falsificações, não terão boas sementes para espalhar pelos solos, não inebriarão com sua beleza e frescor naturais.
Vivem mortos por toda uma vida e algumas vezes até, incomodado com o perfume das naturais que passam ao seu redor.

Cuidem de seus jardins, gerem polens, espalhem boas sementes, exalem um bom perfume. Apesar da música dos Titãs que diz: ”as flores tem cheiro de morte”, por nos remeter talvez a cemitério, vejamos de outra forma. Se olharmos para as flores que estão ali ao redor, ainda plantada na natureza, compreenderemos naquele momento de tristeza a beleza também na finitude da vida. Ao contemplarmos um belo jardim, onde elas estão sendo regadas e cuidadas, veremos que apesar da morte ser inevitável, há completa harmonia e beleza na vida.

Uma flor artificial pode ser linda, mas quem chega perto logo percebe e para quem se incomoda, pode acabar sendo envergonhado ou envergonhando em algum momento.
Não finja ser feliz, não procure motivo para culpar o outro por sua escolha, não queira fazer com que o seu próximo seja tão artificial quanto você, troque uma vida com cheiro de morte por uma vida cheia de bom aroma e feliz.
Quem é feliz de verdade gera vida apesar das dificuldades e do tempo da espera.
Cuide do solo, prepare, semeie, regue e aguarde, no tempo certo elas vão desabrochar para você. E ao invés de correr atrás das borboletas elas quem virão voando para o seu jardim!

Karina Horst
05/05/10 (madrugada)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

"Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem". Prov27:19


30 de abril de 2010
Honestamente
Dave Branon
Provérbios 12:17-22
Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor, mas os que obram fielmente são o seu prazer. —Provérbios 12:22
Hoje é o Dia Nacional da Honestidade nos Estados Unidos. É um dia pouco conhecido, porém importante.

O escritor M. Hirsh Goldberg estabeleceu o Dia Nacional da Honestidade no início dos anos 90 como uma forma de honrar os dignos e incentivar a honestidade. Ele declarou que 30 de abril foi escolhido porque “abril começa com um dia dedicado à mentira [Dia da Mentira] e deve terminar com uma nota de moral mais elevada.”

O Dia da Honestidade seria uma boa ocasião para rever o valor deste traço da personalidade de acordo com a Palavra de Deus. A honestidade não é tão fácil quanto parece — mas agradamos a Deus quando nos esforçamos para tê-la.

Uma compreensão da honestidade começa com o reconhecimento de que Deus — nosso exemplo supremo — é verdade (Deuteronômio 32:4) e que Ele não pode mentir (Números 23:19; Hebreus 6:18). Também, Ele detesta a falsidade (Provérbios 6:16-19). Além do mais, todas as mentiras têm origem no próprio Satanás (João 8:44).

Podemos usar estes versículos como guia: “O justo aborrece a palavra de mentira…” (Provérbios 13:5); o amor regozija-se com a verdade (1 Coríntios 13:6); a mentira faz parte da velha natureza (Colossenses 3:9); crescer significa deixar de lado o engano (1 Pedro 2:1); e falar a verdade manifesta a justiça (Provérbios 12:17).

Façamos de todos os dias o Dia da Honestidade.
Aqueles que confiam na Palavra de Deus devem ser pessoas confiáveis.

Quem mente para alguém, mente mais para si mesmo. Deus sonda os corações e defende os seus!
KK

"O caráter é como uma árvore e a reputação como sua sombra. A sombra é o que nós pensamos dela; a árvore é a coisa real".
Abraham Lincoln

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Plante boas sementes


A vida é feita de escolhas e para toda escolha há uma conseqüência, boa ou ruim.

Eu acredito no poder das palavras, no pão lançado nas águas, na causa e efeito.
Acredito que quando estamos felizes com a vida, ela passa a ter um colorido diferente, especial. O sol brilha mais, a chuva é mais poética, até curtimos tomar um banho de chuva.
Observamos os pássaros em seu livre voo pelo ar, olhamos a espontaneidade das crianças e rimos com algumas atitudes delas. Damos ouvidos as longas conversas que alguns idosos gostam de puxar. Conseguimos até não nos estressarmos tanto neste trânsito caótico da nossa cidade.

Mas existem aqueles dias difíceis, em que parece que olhamos o outro e não vemos nada além de nós mesmo e da nossa insatisfação ou dor.
Nesses dias muitas vezes é perdido grandes coisas que se mostram a nós através de pequenos gestos, como o de um beija-flor que suga o néctar da flor, uma música que nos marcou, um doce olhar. Ou o canto da cigarra anunciando o verão, o crescimento dos filhos, seu desempenho na aula e até mesmo do prêmio que ganhou e ainda não teve oportunidade de mostrar.

Creio que a vida é um pouco longa para os que esperam, mas vale à pena caminhar na esperança de que, quem espera em Deus nunca perde por esperar.
Vale à pena sorrir, contar até dez para não dar uma resposta agressiva, perder cinco minutos do seu tempo para ouvir o que seu filho(a) tem a dizer, abraçar mais e elogiar mais que criticar.

Siga o seu caminho plantando boas sementes e certamente ao final colherá bons frutos. Não desista de sonhar ainda que pareça demorado, ainda que a esperança esteja enfraquecida e a fé menor que um grão de mostarda.
Comece hoje mesmo, busque em Deus criador as sementes boas e justas que vem dEle.
Faça novos amigos, às vezes por implicância ou ciúme, uma grande amizade cheia de afinidades pode ser perdida.
Admire o universo e toda criação divina, encontre a quem ajudar, veja quem precisa de um ombro amigo ainda que sem palavras. Até o seu silêncio tem valor em alguns momentos.
Faça uma boa ação hoje, se ame, ame mais a vida, ela é bela apesar das injustiças, das tragédias e das incompreensões!
Plante boas sementes e verá os bons frutos que a vida ao seu tempo, no tempo da colheita lhe trará!
Karina Horst

"O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio". Gálatas 5:22-23