quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Diferenças


Vocês já se deram conta do que significa ser diferente?
Os pais podem gerar dez filhos, e até mesmo gêmeos, se observarem atentamente saberão que nenhum deles é igual ao outro, sempre terá algo que o diferencia dos irmãos e ao longo da vida dos amigos e grupos por onde tiver que conviver.
Observando as diversidades, percebemos os que gostam de samba e pagode, e os que preferem a ópera e o jazz, os que comem carne e os que são vegetarianos. Os que preferem praia, e os que preferem cachoeira, e tem os que gostam de tudo um pouco.
Mesmo em meio a tantas diferenças, vivemos em grupo, em sociedade, e assim vamos tentando nos adaptar as regras impostas e ditas como corretas para um bom convívio social, e isso até procede em algum momento. Mas imaginem o que seria do carnaval carioca, se todas as mulheres fossem magras como as modelos de passarela?
Um pouco mais além das características físicas, nacionalidade, crenças, cultura, intelectualidade, raça e gostos, quero colocar aqui a individualidade de cada ser humano que deve ser respeitada e compreendida.
E escrevo sobre este assunto, por ainda em minhas análises do comportamento humano, ver quantos ainda tentam impor ao seu companheiro de viagem, ou a um simples transeunte do seu caminho, a sua forma de ser, pensar e agir, manifestando-se sempre contrário a toda outra e qualquer expressão diferente da que julga ser a “certa”.
Acho que é possível aos que não são oligofrênicos, entender que nem todos os seus semelhantes são afins.
Cada um pode ter sua fé, sua moda, seus gostos, mas se tivermos sempre uma atitude crítica e aversiva a toda e qualquer diferença, os preconceitos aumentarão e a paz nunca reinará. O amor aceita o outro como ele é, ainda que não concorde com as atitudes. Não quero com isso justificar incoerências, maldades, impunidades, covardias e corrupções.
Agora vejamos, o que você acredita ser melhor, ser certo para você, nem sempre será o mesmo para o seu próximo, simplesmente por causa de sermos únicos.
Vamos todos pensar melhor nisto e assim abrir mão do egocentrismo infantil que teima em continuar nos deixando regredidos, acreditando que o mundo gira ao nosso redor. Vamos ser mais altruístas, vamos tentar elogiar mais que criticar, cada um tem este direito, mas é mais produtivo e saudável o incentivo.
Vamos tentar compreender as limitações e o tempo de cada um, antes de usar a língua ferina para julgar e falar mal do outro com alguém.
Chega de achar que seus pensamentos são os mais corretos, o tempo que perde em falar do outro gaste se auto-analisando e reconhecendo que também está cheio de falhas e defeitos. È possível que os que estão ao seu redor calados diante de seus defeitos, estejam evitando te falar a verdade, por saber que não tem inteligência emocional suficiente para ser capaz de compreender e mudar.
Sejamos humildes para aceitar críticas construtivas e fazer, quem tanto fala o que quer levianamente, pode acabar ouvindo o que não suporta, e ainda vai dizer que o outro é mal educado ou de temperamento difícil.
Somos respeitados quando respeitamos, quando sabemos até onde vai o nosso limite e entendemos que ninguém é tão sábio que não tenha o que aprender e tão inculto que não tenha o que ensinar.
Crescimento é um processo para todos, cada um ao seu tempo, por isto tenha paciência, é provável que ao seu redor alguém esteja tendo contigo.
Karina Horst – 31/08/10

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