quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sob o sol de Toscana


Assistindo ao filme sob o sol de toscana pela segunda ou terceira vez não me recordo bem, reacendeu em mim uma nova esperança nas palavras do autor através de sua história romântica e seus personagens muito bem representados.
Esta surpreendente história, nos passa em meio a uma belíssima paisagem, cenas de uma realidade que nos faz sentir bem semelhantes.
Frances, personagem da atriz Diane Lane, é uma escritora feliz até descobrir a traição do marido e se divorciar. Sua amiga, não podendo ir mais a excursão marcada para Toscana, oferece a ela suas passagens, e ela então resolve aceitar para se distrair um pouco. Mas, ao chegar lá, impactada com algumas coincidências, resolve comprar e reformar uma casa velha mudando radicalmente o rumo de sua vida.
Logo que chegou à cidade, observou uma mulher exótica que passeava pela feira como se estivesse indo para uma festa, mais tarde, esta veio ser naquele lugar uma querida amiga conselheira e incentivadora.
Esta que se chamava Katherina, aos poucos vai abrindo os olhos sofridos e desesperançosos de Frances ao relatar suas histórias de vida, relembrando algumas das sábias palavras que ouvia de alguém do passado dela.
Em meio a tantas pessoas desconhecidas, ela encontra no corretor, que vendeu e a ajudou a encontrar as pessoas certas para reformar a casa, um amigo especial e presente. Em um dia onde acabou tendo ataque de nervos depois de ver uma cobra entrando no seu quarto, em total desespero ela começa a pensar arrependida, no que estava fazendo ali naquela casa enorme, totalmente só. Pacientemente, este novo amigo conta a ela sobre os trilhos que foram construídos entre Suíça e Veneza antes mesmo de existir o trem que passaria por ali. E este fato trás ao seu coração nova fé e esperanças.
No desenrolar do filme, ela conhece Marcelo, um homem lindo e maravilhoso que parece cair do céu, mas que por variados desencontros, este romance não vai à frente e triste, ela retorna a casa de sua amiga conselheira Katherina. Neste encontro ela lembra de que quando era criança sempre ficava procurando joaninhas, até que um dia com o cansaço da procura adormeceu. Para sua surpresa e satisfação, quando despertou estava cheia de joaninhas pelo corpo. E Katherina aconselha sua amiga a viver deixando o passado para trás, curtindo as oportunidades que lhe apareceriam ao tempo e sem que ela percebesse, o que procurava viria ao eu encontro.
Neste momento do filme eu pensei, este rápido relacionamento com o lindo Marcelo em Roma, ao meu entender, foi como um oásis em meio ao deserto para que ela renovasse suas forças e prosseguisse para o que estava reservado a ela viver. E daí muitas coisas da minha vida relembrei, comparei e me enchi de pensamentos bons.
Para mim este filme foi encantador, cheio de poesias nas cenas e no enredo em meio a um cenário maravilhoso que é Toscana que tenho o sonho de conhecer.
Ele reacende uma esperança e nos desperta o desejo de preparar o trilho e descansar, aguardando o trem que um dia chegará para nos fazer atravessar novas pontes.
Não existe tempo e nem idade, sempre há possibilidade de sermos surpreendidas pela vida com o novo, enquanto vivos estamos.
Recomendo este filme a todos, principalmente aos que tem um coração sensível e romântico e uma alma eternamente apaixonada.
E para os mais maduros que como eu sonham ainda encontrar um novo amor, sem perder com o tempo o frescor e a vitalidade joviais, aproveitemos a maturidade e tornemos colorido estes dias de espera. Crendo que o melhor está por vir sempre!
Karina Horst

“O arrependimento só serve para nos atrapalhar no presente. Para azedar nosso momento presente”.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Diferenças


Vocês já se deram conta do que significa ser diferente?
Os pais podem gerar dez filhos, e até mesmo gêmeos, se observarem atentamente saberão que nenhum deles é igual ao outro, sempre terá algo que o diferencia dos irmãos e ao longo da vida dos amigos e grupos por onde tiver que conviver.
Observando as diversidades, percebemos os que gostam de samba e pagode, e os que preferem a ópera e o jazz, os que comem carne e os que são vegetarianos. Os que preferem praia, e os que preferem cachoeira, e tem os que gostam de tudo um pouco.
Mesmo em meio a tantas diferenças, vivemos em grupo, em sociedade, e assim vamos tentando nos adaptar as regras impostas e ditas como corretas para um bom convívio social, e isso até procede em algum momento. Mas imaginem o que seria do carnaval carioca, se todas as mulheres fossem magras como as modelos de passarela?
Um pouco mais além das características físicas, nacionalidade, crenças, cultura, intelectualidade, raça e gostos, quero colocar aqui a individualidade de cada ser humano que deve ser respeitada e compreendida.
E escrevo sobre este assunto, por ainda em minhas análises do comportamento humano, ver quantos ainda tentam impor ao seu companheiro de viagem, ou a um simples transeunte do seu caminho, a sua forma de ser, pensar e agir, manifestando-se sempre contrário a toda outra e qualquer expressão diferente da que julga ser a “certa”.
Acho que é possível aos que não são oligofrênicos, entender que nem todos os seus semelhantes são afins.
Cada um pode ter sua fé, sua moda, seus gostos, mas se tivermos sempre uma atitude crítica e aversiva a toda e qualquer diferença, os preconceitos aumentarão e a paz nunca reinará. O amor aceita o outro como ele é, ainda que não concorde com as atitudes. Não quero com isso justificar incoerências, maldades, impunidades, covardias e corrupções.
Agora vejamos, o que você acredita ser melhor, ser certo para você, nem sempre será o mesmo para o seu próximo, simplesmente por causa de sermos únicos.
Vamos todos pensar melhor nisto e assim abrir mão do egocentrismo infantil que teima em continuar nos deixando regredidos, acreditando que o mundo gira ao nosso redor. Vamos ser mais altruístas, vamos tentar elogiar mais que criticar, cada um tem este direito, mas é mais produtivo e saudável o incentivo.
Vamos tentar compreender as limitações e o tempo de cada um, antes de usar a língua ferina para julgar e falar mal do outro com alguém.
Chega de achar que seus pensamentos são os mais corretos, o tempo que perde em falar do outro gaste se auto-analisando e reconhecendo que também está cheio de falhas e defeitos. È possível que os que estão ao seu redor calados diante de seus defeitos, estejam evitando te falar a verdade, por saber que não tem inteligência emocional suficiente para ser capaz de compreender e mudar.
Sejamos humildes para aceitar críticas construtivas e fazer, quem tanto fala o que quer levianamente, pode acabar ouvindo o que não suporta, e ainda vai dizer que o outro é mal educado ou de temperamento difícil.
Somos respeitados quando respeitamos, quando sabemos até onde vai o nosso limite e entendemos que ninguém é tão sábio que não tenha o que aprender e tão inculto que não tenha o que ensinar.
Crescimento é um processo para todos, cada um ao seu tempo, por isto tenha paciência, é provável que ao seu redor alguém esteja tendo contigo.
Karina Horst – 31/08/10